29 outubro, 2007

Quem quer ser cientista?

Ter um amigo cientista deve ser legal. Mas ir à uma festa de cientistas deve ser meio pesado. Minha namorada que o diga! Por outro lado, os cientistas parecem achar qualquer festa que não seja de cientistas, um saco. Eu que o diga!

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14 comentários:

Lucia Malla disse...

"A curiosidade é inerente ao ser humano. E ser cientista, e explicar o mundo, é a profissão mais linda de todas."

O que argumentar frente a uma frase tão linda quanto essa? Mauro, adorei seu texto. Me fez sorrir. :)

O Leopoldo de Meis é talvez o divulgador de ciência para crianças que eu mais admiro no Brasil. Ele tem garra pra coisa. Excelente lembrança.

João Carlos disse...

Depende dos cientistas que estiverem na festa de cientistas, e do nível cultural das pessoas que estiverem na festa de não-cientistas...

Existem "cientistas" e "cientistas"... E - apesar de ser geralmente aceito que todo cientista é uma pessoa inteligente - eu tenho minhas dúvidas... Da mesma forma que há "escritores" e "escritores" (não é mesmo?...)

Na média, lhe dou ampla razão. Mas eu não restringiria o problema aos cientistas. O problema é lidar com os medíocres...

Osame Kinouchi disse...

Um exemplo claro. Fizeram uma lista dos atores mais CDF (na verdade, que tem pelo menos um bacharelado em ciencia ou engenharia). Na reportagem, colocaram Mr. Bean para ilustrar. E no entanto, Natalie Portman tambem fazia parte da lista, mas nao foi usada como ilustracao...
Deem uma olhada (clicar no titulo para a materia original):

http://comciencias.blogspot.com/2007/10/site-revela-quem-so-os-mais-cdfs-do.html

João Carlos disse...

Pois é, Osame!... Eu, quando vi esse artigo no seu "Semciência", pensei que era para o "Roda", também... Tudo a ver!

Vitor Laerte disse...

A criação de estereotipos para determinadas atividades é um grande impeditivo para sua divulgação e entendimento pela sociedade. Acho que atualmente vários estereótipos vêm se quebrando, e isso é bom, o mundo necessita de pessoas com senso crítico e que procurem entender a sua realidade, e é na infância a fase mais crítica da curiosidade e de certa maneira do inconformismo. Vamos continuar a provocar as crianças...

Maria Guimarães disse...

Mauro, gostei muito do seu texto. Eu tinha ouvido sobre esse trabalho do Leopoldo de Meis numa palestra, mas já não lembrava da autoria. Nunca vi o trabalho, ele é encontrável?
Mesmo quando eu era cientista, achava festas de cientistas um saco. Claro que não dá pra generalizar, afinal eu mesma sou exemplo disso, mas êta gente que pode ser bitolada!
Ao ler seu texto fiquei pensando: quantos cientistas, numa festa com "gente normal", encara explicar aquilo que os fascina sem achar que o interlocutor vai se entediar? (E sem entediá-lo!) Chuto: poucos.
E pensei também num exercício. Ao olhar de novo as discussões deste blogue, que imagem um passante não cientista faz dos cientistas que participam desta roda?
Se algum "normal" chegar até aqui, deixe seu depoimento!

João Carlos disse...

Hmff!... O "anormal" aqui agradece penhorado... >8-[[

João Carlos disse...

(Tô brincando, viu!...)

Maria Guimarães disse...

ei, joão carlos, você é um dos normais desta roda! quando eu estava na faculdade (biologia), achava graça na contraposição freqüente: biólogos versus normais.

Mauro Rebelo disse...

Olá pessoal,

Maria, fiquei curioso. Você se formou em 95 pela USP, o que quer dizer que deve ter ido à algumas festas que eu estava presente. Tipo o Interbio de 92 na UNICAMP? Ou o de Botucatu?
Parece que o meu texto fez a Lúcia sorrir. Isso já é um começo pra evitar o tédio ;-)
Fico pensando se um 'normal' não acharia que somos arrogantes. Tudo bem que sabemos que não sabemos tudo. Mas alguma coisa sabemos que sabemos. Aquele papo do 'só sei que nada sei' não pega com a gente. Eu acho...
Com isso, temos que tomar muito cuidado para não nos tornarmos restritivos demais no filtro da 'mediocridade' que o João bem colocou.
De qualquer forma, uma festa de médicos deve ser MUITO mais chata (a não ser que apareça a Natalie Portman).

João Carlos disse...

Mauro:

Qualquer ambiente exclusivamente povoado por gente de um único ramo de ciência, profissão, até de torcida de futebol, é um saco para quem não é "da panelinha"... Mas - quer saber? - eu era o único oficial não-médico que sempre era convidado para o churrasco do pessoal do Hospital Naval de Ladário. E me entendia muito bem com eles (por incrível que pareça, eles nunca falavam de medicina, a não ser em termos de saúde pública e coisas assim).

É claro que eu me sentiria um peixe fora d'água em um congresso de biologia... Como garanto que você não gostaria de assistir a um simpósio sobre "Projeção de Poder Naval"... O que é chato de aturar é gente que sabe que está falando com um leigo e insiste em usar jargão técnico.

Quanto aos medíocres, bom... é melhor mudar de assunto...

Maria Guimarães disse...

mauro, eu era pouco festeira. me apavorava com a idéia de que não se dorme em interbio, sou viciada em dormir. mas não duvido que a gente tenha se cruzado nalgum lugar...

via gene disse...

confissão 1: gosto de festas de cientistas;
confissão 2: fui nas interbios de Rib. Preto, Unicamp (em casa), Botucatu, etc...
confissão 3: possivelmente a "minha" platéia leiga fica entediada... ou por causa do papo científico ou pelo papo sobre crianças e afins (que tem dominado o ambiente ultimamente...).

abraços,

ana

Anônimo disse...

Bom...
tenhu 12 anos

mais achu q naum tem nd a vee
esse negocio de que cientista serem locos
se são locos
é dessa locura
q muita gente não morre...

e tambem acho q cada um tem sua escolha

quando crescer vo ser cientista SIM
muitoo obrigado =]

beeijos