O tema do Roda de ciência este mês, "Falar e escrever simples", se mostra um desafio de argumentação e auto-análise. Porém, vamos contribuir. A Roda tem que girar.Primeiramente gostaria de deixar aqui registrado que gostei muito da participação do Rogério Silva. Contar com as idéias de um profissional de uma área diferente da maioria dos participantes do Roda traz novo "oxigênio" para as discussões. Aceitar um texto pelo seu prazer e não cerceá-lo em demasia com códigos de conduta também tem que ser levado em consideração. Viva e deixe a língua viver, mesmo que a príncipio não haja tantos significados. O dia-a-dia trata de formá-los. Divagações e subjetividades de lado, voltemos ao tema propriamente. Leia mais aqui
Assinar:
Postar comentários (Atom)
7 comentários:
Ok, Anselmo, retiro o que disse num cometario anterior para o Rogerio sobre ser desejável uma traducao conceitual da Psicanalise. Ou seja, seria possivel escrever um artigo de Psicanalise sem usar o jargao da Psicanalise, ou ela é, por definição, intraduzivel visto que seus termos são fundamentais para sua propria estruturação? O mesmo pode ser perguntado em relação à Matematica Pura, por exemplo, que, nao sendo empirica, é definida por suas próprias definições...
Assim, me parece que o objetivo da divulgação cientifica nao é tentar uma tradução para o vocabulario oral de 2000 palavras do brasileiro medio, mas sim ampliar este vocabulario de uma forma atrativa e sedutora, de modo a nao causar traumas mas sim desejo e afeto pela (em ordem decrescente de amplitude) cultura, conhecimento e ciência. É isso???
Sim, sim. Apropriação cotidiana de palavras e sentidos.
Gostei do "...mas sim desejo e afeto pela (em ordem decrescente de amplitude) cultura, conhecimento e ciência."
!
Oi, Anselmo!
É, como vc falou, quem elabora os dicionários não o faz de maneira imparcial, sem colocar sua visão de mundo, assim como nós aqui...
Nesse baile, descrito pelo Osame, de cultura, conhecimento e ciência, as palavras dançam, mas os pares não precisam, necessariamente, perder o ritmo...
Quem nasce com a ginga no pé recorre aos dicionários em busca da definição formal, mas faz a devida adaptação para a "melhor leitura", não acha?
Falando em dicionarios, qual seria na opiniao de voces o melhor dicionario etimologico portugues?
Concordo Silvia,
Ginga é bom na dança, assim como no futebol. Para marcar aquele gol de placa no jogo da comunicação, não é necessário só técnica, é preciso molejo também. Como seria chato se os brasileiros "jogassem" como os ingleses.:)
Quanto ao diciónario, Osame. Eu não conheço, mas me indicaram estes:
"Dicionário etimológico da língua portuguesa" , Antenor Nascente.
"Grande dicionário etimológico-prosódico da língua portuguesa",Silveira Bueno.
Quem gosta de brincar de dicionário? Eu adoro, e recomendo para adultos e crianças que queiram aprender a curtir mais seu idioma (os que não queiram também, porque aposto como mudam de idéia depois do jogo). Quem não conhecer e quiser, posso pôr as regras aqui.
Um vocabulário mais diverso pode tornar o texto mais hermético, mas pode simplesmente dar um tempero delicioso. depende da medida. e a medida, me ocorreu lendo as discussões, depende do meio. quando pego um livro, posso deitar na rede com um dicionário e me deleitar decifrando o que está ali. aqui na tela do computador não consigo. se parece impenetrável passo para outra coisa. porque o tempo é outro, o prazer é outro. e quando a gente pega um livro já está pelo menos um pouco convencido de que quer ler aquilo. na blogosfera a gente tem que dar uma peneirada rápida - cada um conforme seus critérios - senão é uma armadilha!
OI, Maria!
Concordo duplamente com vc! Primeiro, porque adoro o jogo e segundo porque o tempo da internet é outro...não dá para ficar buscando os significados...corre-se o risco da arborização, ou seja, quem vai em busca de uma definição, pode não voltar para ler a complementação do texto...
Postar um comentário