18 agosto, 2006

Communication Breakdown: ciência × divulgação científica…

Oi Pessoal,

Minha contribuição para o Carnaval desse mês pode ser encontrada no seguinte link: Communication Breakdown.

Divirtam-se... :-)

6 comentários:

Maria Guimarães disse...

daniel, concordo com você que essa possibilidade de contato direto pode ser uma revolução!
mas ainda está muito limitada, temos que esperar que a cultura se difunda um pouco mais. tanto entre cientistas, que são poucos os que se dispõem a conversar com o público (já têm muito o que fazer etc. e tal), e escasso o público leigo que se sente capaz (o que é um erro, reflete a mistificação do cientista) de conversar com o pesquisador. enfim, acho que chegamos lá.
eu gostaria de ver uma multiplicação desses canais de comunicação. programas de rádio e televisão, por exemplo, ao vivo e portanto com a possibilidade de telefonar e participar.

Daniel Doro Ferrante disse...

Oi Maria,

Eu ecôo os seus sentimentos: "Quero mesmo é que os cientistas virem rock starts!" 8-)

[]'s!

João Carlos disse...

Eu só tenho um receio: que o gap educacional que está se formando - não só entre os "digitalmente excluídos" - mas entre aqueles que conseguem uma boa formação acadêmica e os que só conseguem escrever em linguagem de chat venha a se tornar intransponível.

Espero - sinceramente - que isso seja apenas rabugice de velho...

Maria Guimarães disse...

joão carlos, nesses temores eu me igualo a você em idade, pelo menos até onde a rabugice é medida...

João Alexandrino disse...

Daniel e demais, sendo positiva a mediatização da ciência em geral, a excessiva exposição dos cientistas pode ser perniciosa. O cientista (tal como todo o intelectual) deveria resguardar-se da tentação da fama e da filantropia para manter intactos o seu espírito crítico e a sua liberdade.

Daniel Doro Ferrante disse...

Oi João [Alexandrino],

Os exemplos que eu conheço na Física não me permitem fazer uma opinião clara sobre esse tema: De Galileu e Newton a Einstein, Bohr, os Curie, von Neumann, Oppenheimer, Heisenberg, Dirac, Feynman, etc... incluindo, até, os mais modernosos (como Penrose, Hawking, etc). Alguns deles tiveram posições absolutamente decisivas não só na Física como também na Política Ciêntífica e, por vezes, até Internacional (!), de diversos países.

Pra citar 2 exemplos brasileiros (apesar de haver mais), eu fico com César Lattes e José Leite Lopes (e deixo Mário Schenberg na manga, just in case... ;-). Lattes, apesar de mais 'retirado' (no sentido que vc disse acima, incluindo as razões dadas por vc), teve um papel fundamental na criação do CNPq. Porém, o Leite Lopes era bem mais engajado, e fez acontecer um MONTE de coisas, das quais sabemos apenas alguns detalhes menores.

Portanto, não acho que pode ser feita uma "regrinha" pra esses casos: "Dados os exemplos acima, é fácil ver que não dá pra generalizar em nenhuma direção."

Eu, pessoalmente, acho EXCELENTE que os cientistas venham a público e esclareçam a população. Concordo com o que já dizia Bourdieu: "Ciência é um esporte de contato." (Ele falava isso sobre a Sociologia... ;-) Portanto, assim como em qualquer esporte, vc vai ter "jogadores" como Magic Johnson (ou a nossa Magic Paula) que são excelentes "play makers" e sempre passam bolas venenosíssimas, fazendo assitências belíssimas; assim como vc sempre terá, também, gente como o Michael Jordan (ou a nossa Hortência), que são excelentes em "finalizar". Isso pra não falar em jogadores de "defesa" e assim por diante... a analogia é boa e útil. ;-)

Um abraço, []'s.