17 julho, 2007
O que diferencia um professor bom de um professor ruim?
Neste meu primeiro artigo para a Roda sobre educação e criatividade eu resolvi tentar analisar as diferenças entre o que eu considerava um professor bom e um professor ruim ao longo do meu ensino médio. Como eu estudei em escola particular, os problemas estruturais não aparecem e as falhas pedagógicas dos professores fica em evidência. Por outro lado, o relato é anedotal e as impressões são pessoais... Leia o artigo no Entropicando. Comente aqui.
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14 comentários:
Depoimento muito bom!
o duro é conseguir estimular, desafiar os alunos e ao mesmo tempo vencer a preguiça mental, a busca pelo mais fácil.
eu tive um professor de história que fazia pensar, perguntava, contava os acontecimentos quase como um teatro. andava de um lado para o outro, corria, pulava, morria, negociava. a história medieval acontecia na minha frente, a primeira guerra mundial também, por aí ia.
mas só eu gostava. todos os meus colegas achavam difícil de tomar nota, preferiam que ele escrevesse no quadro...
Conseguir motivar uma turma pode ser uma "habilidade adquirida", mas, geralmente, é um dom.
Eu me lembro das aulas de "Descritiva" no 3º científico. Eram os últimos tempos de 3ª e 5ª feira (turno da noite). Geralmente, dávamos pelo adiantado da hora com os faxineiros querendo limpar a sala.
Professores de História, geralmente, têm uma dificuldade maior em motivar seus alunos. Para eles, 20 anos e a eternidade têm aproximadamente a mesma duração. Os acontecimentos passados são tão destituídos de significado como a tabela do campeonato de Rugby na Nova Zelândia.
É extremamente difícil responder a um aluno (principalmente hoje, que noções de "cortesia formal" são totalmente ausentes) a pergunta: "e o kiko?..."
A matéria mais promissora é a de "Ciências". Mas é dever de todo professor de ciências incutir em seus alunos a noção de que, sem a base dada pelo restante das matérias, o aprendizado não vai longe.
By the way", uma de suas observações sobre o relacionamento professores vs. alunos tem uma explicação simples: um professor competente não precisa procurar ser simpático.
E o professor não pode, jamais, "ser mais um coleguinha". Ele é uma autoridade e tem que se portar como tal. Uma "autoridade" não precisa ser sisuda, mas tem que transmitir confiança.
Respondendo à pergunta-título do artigo:
Um bom professor consegue transmitir seus conhecimentos e seu interesse pela matéria aos alunos.
O bom professor não é necessariamente aquele que transmite informações, seus interesses e opiniões. O bom professor é aquele que possibilita o aprendizado dos seus alunos de acordo com os conhecimentos dele (aluno), suas próprias opiniões, interesses e motivações.
Juliana:
Eu não falei de "opiniões". E acho errado o professor manifestar suas opiniões pessoais.
Juliana,
O professor está preocupado em ensinar porque é a única coisa que ele pode fazer. Aprender, segundo Piaget e um monte de outros caras, e eu concordo, é um processo indivídual. Por isso não existem fórmulas. Acho que o professor tem mais é que se preocupar em ensinar mesmo. Quanto mais formas de ensinar, mais chances ele oferece a diferentes alunos de praticar, individualmente, a aprendizagem. E acho que é isso que faz um bom professor: Cativa e oferece diferentes opções do aluno praticar a aprendizagem.
Então voltamos ao que outros colegas falaram: se não quer aprender... fica difícil!
Juliana: restringir o aprendizado do aluno aos seus conhecimentos, opiniões, interesses e motivações é limitante em minha opinião. Se uma pessoa não tiver interesse, não souber nem tiver uma opinião sobre tabuadas, então isso não pode ser ensinado? Sob o risco de ser atacado pelo povo da FE da USP, eu não acredito na idéia paulo-freiriana de que devemos entrar no universo do educando. O universo do educando é restrito demais.
João: Eu não sei como o professor vai separar opiniões pessoais da aula... mas eu concordo com a mensagem que vc quis passar, o da informação acima da ideologia.
Shirndar:
Eu não sei como o professor vai separar opiniões pessoais da aula...
Eu também não... Principalmente em assuntos que geram posições pessoais extremadas, tais como história e geografia. E a onipresente questão entre religiosidade vs. ceticismo.
Mas, pelo menos, cabe ao professor o dever de esclarecer que se trata de uma opinião pessoal; se possível esclarecer os fundamentos de sua opinião; e informar sobre a existência das opiniões discordantes. Coisa que a grande maioria não faz...
Shirndar:
Eu não sei como o professor vai separar opiniões pessoais da aula...
Eu também não... Principalmente em assuntos que geram posições pessoais extremadas, tais como história e geografia. E a onipresente questão entre religiosidade vs. ceticismo.
Mas, pelo menos, cabe ao professor o dever de esclarecer que se trata de uma opinião pessoal; se possível esclarecer os fundamentos de sua opinião; e informar sobre a existência das opiniões discordantes. Coisa que a grande maioria não faz...
Sim, João. Concordo completamente!
A UFAM - Universidade Federal do Amazonas (LAP/NIT) em parceria com a CRIABRASILIS - Associação Brasileira de Criatividade e Inovação, organiza o I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação - Visão e prática em diferentes contextos, a ser realizado na cidade de Manaus de 29 de junho a 1º. de julho de 2011.
Gostaríamos de convidá-lo para participar deste evento e solicitamos o obséquio de divulgá-lo em suas Unidades de Ensino, uma vez que a natureza transdisciplinar da Criatividade certamente coloca este evento no leque de interesses de discentes, docentes e pesquisadores das mais diferentes áreas. Sobretudo: Administração, Antropologia, Artes, Design, Comunicação, Educação, Engenharias, Ética, Políticas Públicas, Psicologia, Saúde e outras áreas afins.
Maiores informações sobre o evento estão disponíveis no endereço: www.congressocriatividade.com.br
Gostaria muito de ler o artigo, fiquei curioso e muito feliz pelo que vi dos comentários, na medida que os lia mais curioso ficava. Abraço!
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