Há muito tempo atrás, eu entrei numa discussão super-interessante por email com a querida Ana, sobre raças. Na época, sabia que ela estava com um livro pronto para ser lançado, mas eu não sabia sobre o que se tratava - e ela insistia em querer entender o conceito biológico de raças, espécies, etc. e eu, avoada como sou, não liguei aquele papo sequer ao tópico de seu livro. Continuei enviando links e mais links de sites que tratam de biologia, discussões intermináveis, que foram muito férteis, pelo menos para mim, sobre o conceito biológico de raça, população e até de espécie. Os emails depois de um tempo cessaram, por um motivo claro: ela se ocupou com o presente máximo à literatura brasileira, um dos maiores tratados sobre a escravidão e o racismo no Brasil, o livro "Um defeito de cor"; e eu percebi então o quanto aquela discussão internética poderia realmente ter se estendido - eu estava conversando com uma expert cultural no assunto e não me toquei. Shame on me.
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2 comentários:
Legal. Quando li a notícia lembrei do que vcs estavam discutindo por aqui. Não sabia onde deixar esse comentário, então deixo aqui mesmo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u300314.shtml
lucia, confesso que cheguei ao fim do teu texto com os olhos cheios de lágrimas. e não foi por causa do alívio por concordarmos - achar que raça é legal é como uma sentença de solidão. mas porque você diz de forma tão bonita, comovente, ponderada, fundamentada.
já li algumas coisas interessantes sobre essa questão médica, mas não sacio a curiosidade. adorei o seu exemplo do diabetes.
não consigo entender médicos que argumentam que raças deviam ser abolidas e não têm influência em aspectos de saúde.
(um artigo meio antiguinho - 2002 - mas interessante está em http://genomebiology.com/2002/3/7/comment/2007)
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