20 agosto, 2006

A divulgação científica dos impactos ambientais: problemática ou catástrofe?

Para poder estrear no Roda de ciência tive que adequar o tema proposto (Ciência X Divulgação científica) na minha área de interesse. Achei legal, pois sempre quis falar sobre este assunto e nunca tive uma oportunidade, ainda mais por ser complexo e contraditório: o questionamento dos verdadeiros impactos ambientais.

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2 comentários:

Maria Guimarães disse...

É, tem esse problema que transparece na veja: grandes catástrofes vendem mais do que "pequenas" desgraças cotidianas como pobreza, falta de saneamento básico etc.
e a mídia brasileira, como você chama a atenção, compra o que é escrito no primeiro mundo - em países onde as desgraças cotidianas são menos presentes e que são em grande parte responsáveis pela iminência das grandes catástrofes.
como mudar isso? como alguém como você, que entende do funcionamento de ecossistemas, pode contribuir?

João Carlos disse...

[pois é, Xará... eu que moro em uma cidade que nem rede de esgotos tem, também me deixo fascinar pelo "aquecimento global" e o "buraco na camada de ozônio"...] Talvez isso seja uma síndrome semelhante à que os seguidores de Antônio Conselheiro sofriam: o que os motivava eram as promessas de que "El Rei Dom Sebastião iria regressar" e "o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão"; a falta d'água na cacimba não era "novidade"...

No entanto, em uma cidade pequena como Araruama, RJ, uma providência simples como Coleta Seletiva de Lixo poderia ter um impacto enormemente benéfico. Todos reclamam da "poluição da Lagoa de Araruama", ao mesmo tempo que correm a ligar suas fossas sépticas ao arroio mais próximo...

O vento - cá na Região dos Lagos - é uma constante. O símbolo da Região é o moinho de vento que era usado para o bombeamento d'água nas velhas salinas. Mas usar a energia eólica para gerar energia elétrica?... Qual!... É mais fácil depender da energia de Angra, trazida por redes centenárias, que falha ao menor sinal de tempestade...

Mas tente argumentar com um "araruama" (vide o "Aurélio") e você vai obter uma resposta daquelas que Monteiro Lobato chamava de "Idéias de Jeca Tatu", lá se vão quase cem anos...

Lá vou eu de novo com meu "Samba de Uma Nota Só": educação básica, educação básica...