Agradecendo a inestimável colaboração da Maria e da Sílvia que fizeram uma extensa "better-revison" do texto e corrigiram uma série de bobagens que eu escrevi, finalmente eu publiquei a tradução do artigo do John S. Wilkins, “Os papéis, razões e restrições dos Blogs de Ciências”
Devidamente obtida, pelo próprio autor, a autorização necessária, a tradução foi novamente publicada (e vai ficar só no endereço antigo do "Chi vó, non pó"). Portanto, leia mais aqui.
Devidamente obtida, pelo próprio autor, a autorização necessária, a tradução foi novamente publicada (e vai ficar só no endereço antigo do "Chi vó, non pó"). Portanto, leia mais aqui.
25 comentários:
Se vc nao gosta de post, talvez pudesse usar "postagem". Mas então, porque não usar bdiário em vez de blog?
... e usar "curtos" em vez de xortes, camundongo em vez de mouse no computador, molho em vez de buquê de flores... não tem fim se a gente for discutir todas as palavras estrangeiras que adentram o português. post de fato ainda não está oficialmente no léxico brasileiro. blogue pelo menos é simpático...
Não vejo problemas em usar "postagem" no lugar de "post" - assim como "mensagem" no lugar de "scrap" no orkut. O termo "Blog", no entanto, já é tão disseminado quanto "site" (pouquíssimos usam "sítio").
Agora, essa discussão é meio tangencial aqui, não é?
(Charles tem razão...) Mas isso é um "vício" que eu adquiri quando fazia tradução de Patentes de Invenção para registro no INPI: qualquer "anglicismo" era motivo para recusarem o processo. (Por exemplo: "method" era obrigatoriamente traduzido como "processo"; se você escrevesse "método", o processo voltava...)
Eu poderia (à maneira dos portugueses) escrever "Blogue" em lugar de "Blog" (e esclarecer que bastava "estalar" o "rato" sobre o "línque"...) Mas, sinceramente, não vejo nenhuma vantagem em escrever que "fulano postou uma matéria", em lugar de "fulano publicou um artigo (ou matéria)".
"Formalismo demais"?... Pode ser... (vai ver que é coisa de leigo... :D )
Um texto muito oportuno para a discussão, João!
É interessante que o artigo cita uma certo desentendimento entre os cientistas não-blogueiros e os cientistas-blogueiros (um acha que o outro eprde tempo, o outro acha que o um é antiquado).
Alguém da Roda já teve alguma história interessante sobre a interação de profissionais não-blogueiros com blogueiros?
eu costumo dizer por aí que blogues são uma ferramenta preciosa para difusão e construção de conhecimento, que pode agregar comunicação entre especialistas, entre leigos e especialistas etc. em geral, tanto no meio jornalístico como no científico, encontro olhares vagos. blogue é brincadeira de criança, é o que interpreto.
as pessoas não costumam ter interesses por mundos que desconhecem, estranho isso.
Pegando primeiro no comentário do Carlos: um dos aspectos que me chamou a atenção no artigo do Wilkins foi a do "Bdiário" tipo registro de equipes de pesquisadores. Certamente todas as "colaborações" devem ter "grupos de discussão" no velho padrão da "usenet". Como frisa Wilkins, se esses registros estivessem acessíveis a pessoas e grupos de pesquisa fora da "colaboração" (ou seja, na forma de Blogs de acesso público), diversas sugestões e propostas de experiências (até relatos do tipo: "nós já fizemos assim e não funcionou por isso e aquilo") poderiam ser de grande ajuda.
Perde-se tempo blogando?... Sem dúvida. Mas quanto desse tempo "perdido" não é igualmente perdido em reuniões administrativas, estudos dos registros impressos, e - sempre vale a pena lembrar - naquelas ocasiões em que à pergunta: "Bom... e o que a gente faz agora?", se segue um silêncio tumular?...
Passando ao comentário da Maria: eu li um artigo no último Sunday Times sobre uma mãe que se horrorizava ao ver o filho "estudando para as provas" na frente do computador, entre um "Google", um papo no Facebook, uma música baixada no ITunes e diversas abas ou janelas abertas nos mais variados sites.
O psicólogo que ela consultou, lembrou a ela que o filho pertence à "geração internet", enquanto ela era uma "imigrante": incapaz de ser "multitarefa".
Talvez o problema resida aí: a falta de hábito em usar a Internet. Quantas e quantas vezes eu já ouvi até blogueiros de ciências repetirem: "não confie em informações de WikiPedia!"... (como se a Britannica fosse... e, já que eu falei no assunto, muitos livros didáticos...)
Olá, João. Você me convidou para fazer parte do blog como autora, mas não sei como posso contribuir.
Entre em contato pelo meu e-mail, ok?
Abs.
John Wilkins fez um post sobre seu post, revoltado com o fato que vc fez a tradução sem permissao. Ele acha que a editora da revista (Springer) pode te processar... Assim, imagino que talvez seja melhor deletar o post, e apenas circular a tradução entre amigos...
Que nada!... Vai ser a maior propaganda para o meu Blog!... :D (Quem foi mesmo que escreveu "Vou tentar conseguir um pdf para quem quiser..."? :D )
Não gostei da postura do John Wilkins e acho que esse artigo dele não merece ser mencionado mais por aqui. Como comentei anteriormente "Quem leu o artigo do Wilkins pôde perceber claramente que não há nada ali que já não havia sido discutido anteriormente na própria blogosfera".
Pode-se perceber que ele não entende exatamente qual o intuito da blogosfera científica. Talvez eu seja quase um idealista mas acho que o conhecimento não é de um ou de outro. Ele só existe quando é compartilhado.
A meu ver, a melhor solução é deletar o post (e escrever para ele que existem outras línguas no mundo além do inglês e do francês, que ele pretensamente domina).
Postei um pedido de desculpas no Blog do Wilkins e avisei que estou deletando (na verdade, já deletei) meu post.
Azar o meu...
Acabei de receber um email do Wilkins (cópia de um que ele enviou para o Osame), onde ele explica que não é o detentor do Copywright do artigo e sugere que eu entre em contato com a Editora TREE (até sugere que eu argumente que ele não se importa com a tradução).
Pois sim!... Eu respondi que agradecia, mas já que a TREE vende o PDF online, provavelmente eles iriam querer saber de onde eu consegui o PDF em inglês... E, já que ele não pode me dar a permissão, eu não vou discutir com uma editora.
Uma pena, porque deu um grande trabalho... para muita gente.
E mais um comentário:
Caramba!... Foi uma semana inteira de trabalho para traduzir e revisar a matéria e, no dia seguinte, o Wilkins já estava publicando um artigo no Blog dele... E ainda aparece um espanhol "simpático" para "dedurar" meu perfil no Blogger...
Como dizia a marchinha de carnaval: "Pra baixo todo Santo ajuda/ Pra cima é que a coisa muda"... :(
João Carlos,
Acho que vale a pena pedir permissão à editora, se vc quiser, eu faço isso.
O WIlkins realmente foi mais legal no post do que parecia na primeira vez, a Elsevier, editora da TREE, é que é conhecida por ser chata em relação ao Copyright.
Chata mas não intransigente, se pedirmos, ela deve autorizar, ainda mais por não termos fins lucrativos.
Acho que o azar é do Wilkins, pois a Springer devia até pagar pela tradução do João e uma maior disseminação (gratuita) de seus textos...
Não consegui ler! Droga.
Vocês realmente acham que vale a pena pedir para a editora a permissão para traduzir o artigo do Wilkins? Eu não acho! Ele não é nenhum Watson & Crick (1950)...
Talvez seja interessante fazermos um esforço (conjunto ou individual) para produzir um artigo nos moldes daquele do Wilkins - pensando na realidade brasileira - para alguma revista nacional como a Ciência Hoje, a Scientific American Brasil e afins (ou mesmo para circular apenas via blogs/sites).
Poderíamos mesmo estruturar esse manuscrito a partir dos pontos já levantados aqui:
(1) o que são blogs científicos?
(2) a blogosfera científica em português - números e estatísticas
(3) Brasil: blogs como ferramenta para o desenvolvimento das ciências?
(4) Brasil: o ensino de ciências e a importância da internet para alunos e docentes
(5) Qualidade dos blogs em português: o preconceito contra esse meio tem alguma validade?
(6) Como desenvolver a blogosfera em língua portuguesa.
(7) O Wilkins é um cara infeliz? (brincadeira... esse não deve entrar, não).
E por aí vai...
Eu pensei de novo e escrevi um pedido à editora para publicar uma meia dúzia de citações (traduzidas) de trechos relevantes do artigo do Wilkins (mandei uma cópia do email, para ele, também).
Vamos ver no que vai dar...
É uma pena não terem liberado a tradução, mas concordo com Charles. Por que não escrevemos nós um artigo? Precisaríamos fazer algumas pesquisas e cada um poderia ficar responsável por uma parte. Ou até poderíamos nos dividir em equipes de trabalho (como fazíamos na escola! rsrs).
Existe uma revista eletrônica muito boa e reconhecida no meio científico que é a Investigações em Ensino de Ciências. Poderíamos tentar publicar lá.
Também gostei da idéia do Charles. esta roda ganha nova dimensão, se isso acontece - a realização do ponto de encontro que tanto almejamos.
joão carlos, não é ilícito você ter o pdf do artigo. a editora vende, mas os pesquisadores sempre tiveram o direito de distribuir seu próprio artigo. na verdade fico curiosa pra saber como isso se dá em tempos de pdf - antigamente os autores tinham direito ou compravam um certo número de separatas. como é agora?
qual é o linque para o blogue do wilkins? fiquei curiosa
achei engraçado que no fim do artigo ele realmente fala que um aspecto perigoso dos blogues é que o blogueiro já não pode se apoiar num editor e tem que responder (legalmente inclusive) pelo que escreve. o joão carlos virou o exemplo vivo disso para o wilkins!
As coisas não mudaram muito. Hoje em dia, quando publicamos algum artigo, as revistas geralmente disponibilizam um arquivo em pdf para o autor, que pode ser distribuido conforme a sua vontade. Algumas revistas vendem as separatas e outras enviam as separatas gratuitamente.
Ah... o blog do Wilkins está no http://scienceblogs.com/evolvingthoughts/
Eu recebi um novo email do Wilkins (confirmado pela editora, em outro email) dizendo que ele mesmo pediu permissão à editora para "minha" tradução.
Eu pedi à editora permissão para citar excertos do artigo do Wilkins (com links para a fonte), admitindo que eles sempre podem vender o artigo para algum editor brasileiro... (Coisa que eu duvido, mas...)
O que me tirou o sono foi tom ameaçador do Wilkins, como se fosse um crime de "lesa-majestade" eu ter traduzido o artigo dele sem permissão. Agora, ele adotou um tom bem mais conciliador.
De qualquer forma, o assunto vai ser levado à editora-chefe do TREE e não depende mais do parecer do Wilkins ou de minha vontade.
Ps: outra coisa que me irritou profundamente foi o título do post do Wilkins: "Wilkins in Spanish (or Portuguese)". Estou com vontade de escrever para nosso Presidente, em Buenos Aires, para reclamar dessa discriminação... :D
também me irritei à primeira vista, mas será que a gente pode exigir que o cara saiba distinguir entre português e espanhol? você sabe distinguir dinamarquês de sueco? agora, se ele sacou que você é brasileiro mas não sabia bem a língua, aí já concordo.
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