Concordo com a questão do acesso livre ser um aspecto excelente da internet na academia.
Por outro lado, não entendi bem se o "copy&paste" encarnou realmente o vilão da internet, uma vez que você reflete - e eu concordo - que usar conteúdo disponível na internet não é necessariamente plágio, depende de como se dá o uso. Afinal, existe um "feio" absoluto?
E, fiquei curiosa com a sua abordagem de incluir a plataforma Lattes no "Mau", pois sempre achei que era um tipo de informação privilegiada e que agora poderia ser acessada num imenso banco de dados e transparente para a interpretação de quem quer que seja. Consultar apenas números de pblicações é uma opção, mas também é possível ver a "filiação" do pesquisador (de quem foi orientado), as diferentes "frentes" em que atua, encontrar pesquisadores de determinadas áreas através da busca por palavras-chave (se quero consultar especialistas em determinadas áreas posso fazer esta busca no banco do Lattes, por exemplo), especular sobre possíveis assessores/consultores/colaboradores para propostas de pesquisa, etc, etc, etc... bem, mas acho que foi por isso que inclui este sistema no "good", apesar de reconhecer que podem existir "desvios" de uso, como de qualquer outro instrumento... circulou um boato (que não sei se é verídico) que o sistema Lattes não previu o risco de "spammers" recolherem todos os endereços eletrônicos dos pesquisadores que ficaram livremente acessíveis na base de dados e não se preparou para evitar tal exposição (e aí a coisa pode evoluir para um quadro bem "Ugly").
Gostei do formato inovador do "post", um pouco mais estético que prático, mas valeu pela criatividade!
Ana, realmente foi difícil encontrar um grande vilão, rótulos são tão relativos... Creio que todas as ferramentas são inócuas, tudo depende da intenção de uso. Quanto à Plataforma Lattes, concordo que oferece informações valiosas, contudo quis evidenciar uma prática de avaliação impessoal e baseada apenas em números de publicação. Talvez, fugi um pouco do objeto analisado, mostrando apenas comportamentos precipitados de avaliação e propaganda meio super-mercado de pesquisadores. Tentei mudar um pouquinho lay-out do post com imagens referentes aos comportamentos do tema, porém não foi possível carregá-las. Vou tentar novamente depois. Obrigado pela visita Vamos ousar, não é?
Sobre a avaliação dos pesquisadores, o número de artigos citados em outros trabalhos também podem dar falsas impressões, artigos ruins são muitos criticados em revisões bibliográficas e introduções, isto é, também são muito citados.
A questão do pesquisador é das possíveis formas de avaliação é bem complexa, quase merece uma "ciranda" própria. A começar pela questão da pessoa que carrega o ofício, não havendo 2 pesquisadores iguais, e não apenas devido ao "aclamado" número de publicações, mas pelo conjunto da "obra":
1) pesquisador "puro" = não dá aulas, não aceita tarefas administrativas, não forma recursos humanos, não se envolve em questões acadêmicas - exceto se intimamente ligadas à pesquisa, ignora a divulgação científica e o ensino de ciências (provavelmente publica bem), entre outros estados "alienados";
2)pesquisador "impuro" = é também professor/docente, educador, orientador, administrador, engajado nas questões acadêmicas, divulgador de ciências e ensino, cientista, empresário (porque não? no Brasil é bem mais raro), etc. (pode até publicar bem, mas diversifica).
3) todos os gradientes possíveis entre estes dois extremos...
Enfim, obviamente não é tarefa fácil "avaliar" estes diferentes personagens... "depende dos olhos de quem vê", mas como deve-se evitar a subjetividade (o mundo hoje é particularmente objetivo) em prol de um "julgamento" justo, corre-se o risco de valorizar a "parte" sem visualizar o todo. Essa visão fragmentada têm contaminado corações e mentes por aí no mundão acadêmico...
Hoje, 27/09/2006, o jornal o Estado de São Paulo publicou que pesquisadores da PUC-SP, forjaram seus respectivos "Lattes". Mais uma polêmica para esta instituição conceituada.
5 comentários:
Concordo com a questão do acesso livre ser um aspecto excelente da internet na academia.
Por outro lado, não entendi bem se o "copy&paste" encarnou realmente o vilão da internet, uma vez que você reflete - e eu concordo - que usar conteúdo disponível na internet não é necessariamente plágio, depende de como se dá o uso. Afinal, existe um "feio" absoluto?
E, fiquei curiosa com a sua abordagem de incluir a plataforma Lattes no "Mau", pois sempre achei que era um tipo de informação privilegiada e que agora poderia ser acessada num imenso banco de dados e transparente para a interpretação de quem quer que seja. Consultar apenas números de pblicações é uma opção, mas também é possível ver a "filiação" do pesquisador (de quem foi orientado), as diferentes "frentes" em que atua, encontrar pesquisadores de determinadas áreas através da busca por palavras-chave (se quero consultar especialistas em determinadas áreas posso fazer esta busca no banco do Lattes, por exemplo), especular sobre possíveis assessores/consultores/colaboradores para propostas de pesquisa, etc, etc, etc... bem, mas acho que foi por isso que inclui este sistema no "good", apesar de reconhecer que podem existir "desvios" de uso, como de qualquer outro instrumento... circulou um boato (que não sei se é verídico) que o sistema Lattes não previu o risco de "spammers" recolherem todos os endereços eletrônicos dos pesquisadores que ficaram livremente acessíveis na base de dados e não se preparou para evitar tal exposição (e aí a coisa pode evoluir para um quadro bem "Ugly").
Gostei do formato inovador do "post", um pouco mais estético que prático, mas valeu pela criatividade!
abraços,
ana claudia
Ana, realmente foi difícil encontrar um grande vilão, rótulos são tão relativos...
Creio que todas as ferramentas são inócuas, tudo depende da intenção de uso.
Quanto à Plataforma Lattes, concordo que oferece informações valiosas, contudo quis evidenciar uma prática de avaliação impessoal e baseada apenas em números de publicação. Talvez, fugi um pouco do objeto analisado, mostrando apenas comportamentos precipitados de avaliação e propaganda meio super-mercado de pesquisadores.
Tentei mudar um pouquinho lay-out do post com imagens referentes aos comportamentos do tema, porém não foi possível carregá-las. Vou tentar novamente depois.
Obrigado pela visita
Vamos ousar, não é?
Abraços,
Anselmo
Sobre a avaliação dos pesquisadores, o número de artigos citados em outros trabalhos também podem dar falsas impressões, artigos ruins são muitos criticados em revisões bibliográficas e introduções, isto é, também são muito citados.
A questão do pesquisador é das possíveis formas de avaliação é bem complexa, quase merece uma "ciranda" própria. A começar pela questão da pessoa que carrega o ofício, não havendo 2 pesquisadores iguais, e não apenas devido ao "aclamado" número de publicações, mas pelo conjunto da "obra":
1) pesquisador "puro" = não dá aulas, não aceita tarefas administrativas, não forma recursos humanos, não se envolve em questões acadêmicas - exceto se intimamente ligadas à pesquisa, ignora a divulgação científica e o ensino de ciências (provavelmente publica bem), entre outros estados "alienados";
2)pesquisador "impuro" = é também professor/docente, educador, orientador, administrador, engajado nas questões acadêmicas, divulgador de ciências e ensino, cientista, empresário (porque não? no Brasil é bem mais raro), etc. (pode até publicar bem, mas diversifica).
3) todos os gradientes possíveis entre estes dois extremos...
Enfim, obviamente não é tarefa fácil "avaliar" estes diferentes personagens... "depende dos olhos de quem vê", mas como deve-se evitar a subjetividade (o mundo hoje é particularmente objetivo) em prol de um "julgamento" justo, corre-se o risco de valorizar a "parte" sem visualizar o todo. Essa visão fragmentada têm contaminado corações e mentes por aí no mundão acadêmico...
apenas divagando...
abraços, ana claudia
Hoje, 27/09/2006, o jornal o Estado de São Paulo publicou que pesquisadores da PUC-SP, forjaram seus respectivos "Lattes".
Mais uma polêmica para esta instituição conceituada.
Abraços
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