A Unicamp, que amargou um longínquo 248º na classificação, contou em 2009 com R$ 248,1 milhões para financiar investigações científicas. As quatro primeiras colocadas -Harvard, CalTech, MIT e Stanford, todas americanas- obtiveram entre R$ 1,2 bilhão e R$ 3,8 bilhões cada.
A única com cifra comparável, R$ 300,9 milhões, ocupa a quarta posição, Stanford. Mas só tem 7.500 estudantes de graduação e pós, contra 33 mil da Unicamp.
Pior figura faz a Universidade de São Paulo, 232ª colocada no ranking. A principal universidade do país, com mais de 82 mil graduandos e pós-graduandos, não sabe informar qual é a verba de pesquisa que manuseia.
A administração da USP não saber o quanto se investe em pesquisa na própria universidade é, no mínimo, extremamente preocupante. Afinal de contas, fazer pesquisa é considerada a "atividade mais nobre" das universidades, consideradas como geradoras de conhecimento. Além disso, a USP é essencialmente financiada com recursos públicos. Logo, a sociedade deveria saber qual o montante que é investido em pesquisa.
O Prof. Hermes-Lima faz uma série de análises, comparando dados de produção científica da USP com Stanford, Princeton e a UnB. Suas postagens (aqui e aqui) deveriam ser objeto de leitura, reflexão e discussão por parte da comunidade científica.