27 novembro, 2007

Modelos simples são mais didáticos...


O que você prefere? Um modelo realista e complicado que não te dá intuição nenhuma sobre o que está acontecendo ou um modelo simples que não descreve quantitativamente, mas sim qualitativamente um dado fenômeno?
Este é o problema clássico que os cientistas que trabalham com simulações enfrentam. No caso do estudo dos fenômenos ligados aos oceanos - e por tabela à circulação atmosférica. Mas estes autores propõe os modelos simples como uma ferramenta de trabalho importante.

El Nino and the Delayed Action Oscillator



Authors: Ian Boutle, Richard H. S. Taylor, Rudolf A. Roemer
(Submitted on 10 Mar 2006)
Abstract: We study the dynamics of the El Nino phenomenon using the mathematical model of delayed-action oscillator (DAO). Topics such as the influence of the annual cycle, global warming, stochastic influences due to weather conditions and even off-equatorial heat-sinks can all be discussed using only modest analytical and numerical resources. Thus the DAO allows for a pedagogical introduction to the science of El Nino and La Nina while at the same time avoiding the need for large-scale computing resources normally associated with much more sophisticated coupled atmosphere-ocean general circulation models. It is an approach which is ideally suited for student projects both at high school and undergraduate level.
Comments:
13 RevTeX pages, 14 .eps figures included, submitted to the American Journal of Physics
Subjects:
Atmospheric and Oceanic Physics (physics.ao-ph); Geophysics (physics.geo-ph)
Journal reference:
American Journal of Physics 75, 15-24 (2007)
DOI:
10.1119/1.2358155
Cite as:
arXiv:physics/0603083v1 [physics.ao-ph]

26 novembro, 2007

Algumas ondas marinhas virtuais

Como alguns sabem, nutro uma especial predileção pela ciência que envolve qualquer tema relacionado ao mar. Em meu blog pessoal, estou sempre que possível enfatizando aspectos científicos de biologia marinha, principalmente se tocam na delicada situação da conservação dos oceanos no mundo atual. Ou relatando experiências que vi e/ou vivi no ambiente marinho, embaixo d'água, navegando pelos mares do planeta. Então, antes de deixar aqui minha contribuição original do mês para o Roda de Ciência, resolvi fazer um "revival postístico" do que já escrevi ao longo desses 3 anos de blog sobre o tema. Escolhi 5 posts passados que mais gosto sobre o tema, e deixo os links abaixo para os interessados leitores refletirem, degustarem, discutirem e acrescentarem informações novas a eles, já que foram escritos em tempos passados e devem ter surgido novos estudos que confrontam algumas das minhas colocações. (Espero que os amigos do Roda não se importem com meu abuso virtual de textos passados.)

1) "Ser tubarão na Ásia" - Relato do cotidiano de um entreposto pesqueiro comercial taiuanês, com ênfase específica no declínio das populações de tubarões do mundo. Uma visita que até hoje me traz arrepios só de pensar.

2) "Biodiversidade marinha" - Texto mais básico sobre onde encontramos as maiores concentrações de biodiversidade embaixo d'água no mundo - e por que não somos o país da biodiversidade marinha com suas consequências filosóficas e políticas.

3) "Rastelando o mar" - Uma reflexão sobre o mar sem peixes, um delírio nada longe da realidade, infelizmente.

4) "Esbranquiçamento de corais e aquecimento global" - Nos primórdios da discussão sobre aquecimento na blogosfera e no vácuo do desastre do Katrina, resolvi lembrar uma das consequências diretas mais tristes (pelo menos para mim) da mudança climática no mundo: o esbranquiçamento de corais.

5) "Dia Mundial dos Oceanos" - Um grito de socorro vindo das bocas de quem realmente sofre com a degradação do mar. Ou uma tentativa terapêutica de não deixar que os humanos fujam de suas responsabilidades.


Divirtam-se!

25 novembro, 2007

É agora, gente!.... No final do mês!...


Via EurekAlert, mais uma matéria sobre os Oceanos:

Cientistas marinhos avisam que a segurança e a prosperidade do ser humano dependem de uma melhor sistema de observação dos Oceanos

Um apelo por um sistema inicial adequado para o produção de compreensão, previsões úteis para o público e para os responsáveis pelas politicas

(continue lendo aqui)

15 novembro, 2007

Um Oceano de Problemas


"Na terra onde o mar não bate,
não bate o meu coração.
O mar onde o céu flutua,
onde morre o Sol e a Lua,
e acaba o caminho do chão"

(Gilberto Gil, Beira Mar)

É, no mínimo, curioso que, tendo mais de 71% de sua superfície coberta por águas, este planeta seja chamado "Terra". E este "bairrismo" do ser humano vai mais longe.

Vai tão longe quanto o Sputnik 1, lançado para além da atmosfera em 04 de outubro de 1957, enquanto que o fundo da Fossa das Marianas só foi atingido pelo "Trieste" em 23 de janeiro de 1960...


(continue lendo aqui)

10 novembro, 2007

Oceanos alterados

Ações humanas têm sido devastadoras no mar, na terra e no ar. Os oceanos, com sua imensidão e sua complexidade, são motivo para sérias preocupações. É o que mostra a série multimídia de reportagens "Oceanos alterados", publicada no ano passado pelo Los Angeles Times e ganhadora do prêmio Pulitzer de reportagem explicativa de 2007.

Leia mais no ciência e idéias.

08 novembro, 2007

Mares de Minerva


OK, OK, Maria Guimarães, você venceu (com seu voto de Minerva): eu mudei meu voto na Roda da Ciência na última hora, para dar empate, mas não consegui escapar desse assunto (Mares da Terra) sobre os quais não entendo nada. Assim, para dar a minha contribuição deste mês, apenas dou o link aqui para uma busca que fiz com a palavra "Ocean" no http://www.arxiv.org/ , repositório de preprints de livre acesso que todo mundo interessado em ciência conhece ou deveria conhecer.

PS: Para eu me lembrar depois: o mito de Minerva é muito parecido com o de Ishtar. Minerva também é a deusa da guerra, ciência, poesia, tecnologia, invenção, medicina, conhecimento e comércio.


Figura: Head of Minerva by Elihu Vedder, 1896.


Ó mar salgado...

A votação deste mês empatou, como vêem na enquete à esquerda. Guardei meu voto, como costumo, para caso fosse necessário desempatar. Voto então pelos mares do planeta.

O tema é oportuno. Nestes tempos de mudança climática, muito se conta com as florestas e os mares para ajudar a reparar nossos erros. Mas eles já dão sinais de esgotamento.

E tanto mais, tanta descoberta por se fazer nesses tantos mares.