O tema deste mês versa sobre o relacionamento entre ciências e política, especialmente sobre a influência das religiões na política e, mais especificamente, sobre a celeuma levantada acerca das crenças "criacionistas" da Senadora Marina Silva e sua capacidade para exercer a Presidência da República. Para não deixar as coisas saírem da perspectiva, algumas considerações prévias são necessárias.
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6 comentários:
Olá João Carlos!
Gostei bastante do tema desse mês do "Roda de Ciência". Conheci o trabalho de vocês há pouco tempo e achei muito bacana, pois não só os temas de cada mês são excelentes como a a divulgação da ciência no Brasil é algo que carece de iniciativas como essa.
Sobre a suposta laicidade do nosso estado, é lamentável que ela não passe da teoria. Na verdade, nem isso, como você bem mostrou no preâmbulo da Constituição. É engraçado: talvez sejamos o único país que promulga a constituição que o declara laico, sobre a proteção de deus (!?) (só faltou um "amém" no final). Haja abstração para entender essa maravilhosa demonstração de lógica!
Se me permite convidá-lo, tenho um blog modesto com mais dois amigos jovens cientistas como eu que por vez trará alguma coisa sobre o tema ciência-religião-política, como é o caso do último artigo postado lá (www.causarum-cognitio.blogspot.com).
Parabéns pelo artigo. Um abraço!
Tem um livrinho do Weber legal, chamado Ciência e Política: duas vocações.
Vale a pena ler...
http://sillyfundies.blogspot.com/2009/03/quick-image.html
ou seja. crenças deveriam ser assunto de cada um, e por isso respeitadas. mas elas acabam sendo usadas em política e, de certa maneira, na ciência (que aí vira pseudociência).
o seu texto, joão carlos, me deixou pensando que a promiscuidade entre ciência e política é ainda mais complicada: a política escolhe qual verdade quer revelada, e por isso o cientista mais bem-sucedido é aquele que é bom político.
é isso? que nó...
Existem outros fatores complicadores, Maria. Só como exemplo, recentemente foram divulgados resultados das pesquisas sobre o Fundo Cósmico B
Gravitacional que, essencialmente, diziam: "Não achamos nada, ainda. Isso quer dizer que a área de buscas ficou mais restrita".
Agora, pense no pobre do sujeito que vai explicar para um comitê de orçamento que isso é um dado importante.
Vá explicar para um deputado de um Tocantins da vida a relevância de participar de um observatório astronômico multi-nacional... E convencê-lo de que isso é mais importante do que o Carnaval-fora-de-época da cidade que o elegeu.
Olá...primeiro gostaria de dizer que sou amante da ciência sim...mas essas discussões que comparam duas ou mais ciências (ciências políticas, sociais...ou só existe ciência física química e biologia?)e as coloca como inimigas, na minha opinião, não fazem a sociedade crescer.
O texto se desenrola entre política e religião. Política, ora, dentro do estado democrático essas funções são exercidas por pessoas eleitas. Se é pra convencer alguém entre um observatório e o carnaval que os envolvidos sejam cientistas e que o povo receba mais divulgação científica para optar melhor, afinal os cargos políticos são abertos a todos...ou falta aos cientistas estudar mais retórica...
Quanto a religião, o Estado é laico e não ateu, procurem estudar melhor o significado das palavras.
Abraços e continuem com a divulgação científica, todo apoio, parabéns.
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